Tenho um filho especial, isso significa que preciso ser uma “mãe maravilha”?

Mãe com filha que possui síndrome de down.

Filhos são oportunidades que se apresentam a nós para que alcancemos patamares mais elevados de sentimentos, emoções e comportamentos.

São seres únicos que trazem consigo a possibilidade de fazer com que sejamos seres melhores em todos os campos da vida. Infelizmente nem todas as mães têm a oportunidade de fazer com que isso se torne realidade. E elas perdem a oportunidade porque, não entendem seu verdadeiro papel. O papel de mãe está para muito além de alimentar, cuidar e garantir-lhes a sobrevivência.

O nosso verdadeiro papel está em descobrirmos suas necessidades mais íntimas e ajudá-los a alcançá-las, levando-os a se tornarem seres mais humanos.

O que significa ser especial

Mãe brincando com filho que possui síndrome de down.

Se você é mãe de um filho especial eu sei, por experiências diversas que vivi com crianças e mães, que não é fácil, mas saiba que ele vai lhe oferecer condições de crescimento muito amplas e que você vai poder aproveitá-las mesmo com suas limitações e com as peculiaridades dele.

Na verdade seu filho não é especial por ser diferente da mesma forma que o filho da sua sua amiga não é especial por não ser.  Seu filho é único como todos os outros, apenas necessita de cuidados diferentes. Necessita de maior dedicação, mais respeito à suas particularidades e unicidades, mais compaixão por suas dificuldades. 

Como olhar para meu filho sendo ele especial

Mãe olhando para seu filho que possui epilepsia.

Parta do princípio que realmente:

seu filho não é especial, é apenas diferente. Especial sempre será a relação mãe e filho que oferecer condições a todos os envolvidos de se tornarem melhores.

Sendo seu filho “diferente” ou comum, ao olhar para ele, capacite seus olhos sempre a enxergar além do que eles veem. Perceba a mente e não o corpo, pois o corpo pode impedir a mente de se manifestar por completo, mas a mente estará ali ainda em sua plenitude. E isto é tão real que para cada limitação que o corpo apresenta ela oferece um recurso para suprir a falta: 

  • Se os olhos não vêm a luz , os sentidos se ampliam.
  • Se as pernas que estão enfraquecidas, a  força dos braços  é redobrada;
  • Se a fala se faz ausente, o silêncio fala no olhar;
  • Se os movimentos são limitados o sorriso se amplia.

É compreendendo as manifestações específicas do seu filho, enxergando além do que os olhos podem ver  que você vai se relacionar melhor com ele.

Filhos, apenas filhos!

Pais com seus filhos, um deles possuindo síndrome de down.

Se eu pudesse modificar essa definição dentro da pediatria eu diria que não existem filhos especiais,

existem filhos, cada qual com suas diferenças e peculiaridades que proporcionam situações únicas ara transformarem mulheres comuns em mulheres especiais.

Transformar mulheres em mães, que apesar de suas diferenças, peculiaridades e características conseguem enxergar em um outro ser muito além do que os olhos podem ver. Portanto se você é mãe de um filho “diferente” saiba que sua mente está preparada para capacitar os seus olhos, como os de qualquer outra mãe, a enxergarem além das aparências pois somente esta capacidade nos fortalece aponto de amarmos incondicionalmente o ser que nos é entregue com todas as suas limitações.

A enxergar que para cada limitação, recursos são desenvolvidos para compensá-las. Olhos capacitados se conectam com esses recursos e enxergam infinitas possibilidades de troca amorosa entre mães e filhos sejam eles “diferentes” ou não. 

O coração fala no silêncio das palavras. A mente no silêncio dos pensamentos. O olhar no silêncio do toque e o amor no silêncio das paixões. 

Concluindo

Mãe abrançando filha que possui síndrome de down.

Ser mãe de filhos diferentes ou comuns é apenas uma trajetória e o que importa é a caminhada, seja com ele nos braços, nos ombros, na cadeira ou lado a lado. Portanto seja como for, apenas observe e deixe seu coração lhe mostrar qual o melhor caminho para levá-la a descobrir os anseios mais profundos da alma que lhe foi entregue. Seja você a portadora do que ele precisa experimentar auxiliando-o a alcançar seu potencial máximo como ser, além de humano, divino.

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