
Hoje vamos falar sobre um tipo de mãe que busca os holofotes para si, fomentando brigas, discussões e desavenças. Por conta de tanta tensão, cria inimigos em potencial: o parceiro, os vizinhos, o chefe e na maioria das vezes os filhos. Promovem discórdia jogando as pessoas umas contra as outras. Elas vêem os descendentes como um fardo porque naturalmente são eles que mais precisam do seu empenho. Sentem-se exploradas como se esses filhos estivessem roubando a sua vitalidade, tirando algo que é de sua propriedade.
Então brigam, humilham, expõem os herdeiros, e muitas vezes são abusivas física e/ou psicologicamente.
Como elas tratam os filhos

São mães que fazem as crianças se sentirem culpadas pois mostram o tempo todo o quanto é difícil ter de criá-las e/ou que não foram desejadas. Elas são muito raivosas e rancorosas. Mantêm o controle das proles através do medo e da submissão e é no caos fomentado por elas mesmas que conseguem este controle.
Desmerecem as qualidades dos filhos criticando-os constantemente porque reconhecer-lhes as qualidades é ameaçador à superioridade que precisam possuir.
São excelentes auto promotoras transformando suas atitudes em qualidades imaginárias. Veem os filhos como adversários a serem subjugados. Podem ser agressivas quando são pequenos e continuarão com os abusos quando adultos de forma mais velada, verbal e psicologicamente.
Ainda para continuarem no controle, tendem a se perpetuar no lugar de mãe porque este lugar lhes oferece poder.

Para isso, impedem que o descendente se torne um adulto completo aprisionando-o na dependência financeira e/ou emocional.
Em um segundo momento tendem a tomar para si o controle sobre os netos fazendo deles novas vítimas, colocando-se como as únicas capazes de cuidar deles. Ser herdeiro de mães desse perfil é experimentar o sofrimento desde a infância, pois já nos primeiros momentos, quando os holofotes deixam a grávida e se voltam para o bebê, elas deixam de amá-lo e se voltam inconscientemente contra eles, quebrando os laços de mãe e filho e este rompimento permanecerá ao longo da vida.
Percebi que minha mãe é assim, e agora?

Se você perceber que sua mãe possui um destes perfis, não se assuste, apenas entenda que nem toda mãe é perfeita e boa. Existem mães que são más, mesmo que inconscientemente. Aceitar isto é um grande passo para todas nós. É deixar de lado uma fantasia que nos prende.
O ideal é nos olharmos e aceitarmos que mãe é apenas uma função com tempo limitado para existir.
Deve estar claro para você que em determinado momento – assim como seu filho precisa se tornar adulto e inteiro e que pessoas adultas e inteiras vivem sem a presença e influência de suas mães – você também pode se libertar dela.
Crianças precisam das mães, adultos precisam de si mesmos.
Devem ser capazes de conduzir as próprias vidas para estarem aptos a compartilhar suas vidas com outros adultos. E neste momento, por tempo limitado, conduzir a vida dos próprios filhos. Você pode ser completa e inteira e exercer uma maternidade mais suave. Lembre-se que você pode seguir o próprio caminho, pois já nos foi ensinado que “abandonaríamos pai e mãe”; este abandono precisa acontecer seja física e/ou psiquicamente para você se perceber completa.
Comece a caminhar sozinha, pois você já não precisa mais do cordão umbilical

A caminhada começa quando você entende que sua mãe é diferente sim, que lhe desperta sentimentos antagônicos variando entre amor e raiva que se misturam e lhe causam sofrimento. Neste momento começa a sua libertação.
Quando se aceita a mãe como ela é, o sentimento de inadequação por achar que você é culpada por não sentir “esse amor que todos dizem sentir por suas mães” começa a se dissipar. Dissipando a culpa, o vazio que existe por não receber também “o amor que todos dizem receber delas” começa a desaparecer. E em um terceiro momento, o desespero de não ser aceita como você é e portanto não receber a admiração e o carinho que os outros recebem, começa a dar lugar a outras percepções.
É como se seus olhos começassem a enxergar além do que veem. Um novo mundo se abre à sua frente. É como se a criança carente de amor e aprovação entendesse que isto está disponível sim, mas não ali onde todos diziam estar. Esse despertar fará você ver outros caminhos, então é preciso se permitir seguir por eles para bem longe, física e emocionalmente pois só distante dela se conseguirá desfrutar da vida em abundância.
A vida lhe foi dada para ser vivida em abundância e não em sofrimento constante. Junto a mães assim a vida é sofrimento por mais que não se queira admitir.
Derci aos quase 56 anos de idade voce trouxe a explicacao mais simples e pratica para me livrar de algo que sempre foi e ainda é a minha tormenta.
Culpa!!!! Eita coisa mais complicada
Sentimento de culpa por me afastar de uma idosa viuva de 80 anos que me deu a vida. Mas ao mesmo tempo sempre atacou minha existencia. Hoje suas palavras carregadas de raiva ainda me pegam desprevenido e afundam meu astral meu humor