Nesse dia das mães nada mais oportuno que falar sobre elas, que além de mães são também mulheres.

Mulheres são cíclicas como a lua e também distintas como os quatro elementos. Existem mulheres que são ar, fogo, mulheres terra e água. Há também aquelas que misturam tudo em si mesmas, transformando sua natureza em um quinto elemento que é único, completo e de perfeita beleza.

Mulheres ar

O ar está presente todo o tempo, em todos os lugares e  de maneira tão sutil que nem notamos o quão necessário é para que a vida permaneça em nós. Em total delicadeza se apresenta, se sustenta e oferece a vida que carregam em si sem nada pedir em troca. Se dá por completo. Se permite ser inspirado e em total entrega oferece existência mas  em troca recebe em si o que poderia extinguir a vida.

Por ser tão sutil e amável deixa de ser percebido quando presente e somente na sua  falta se compreende a sua necessidade.

Mulheres fogo

O fogo nada tem de sutil. É energia presente, ardente que seduz e aquece. É tão bom usufruir do seu calor que se quer mais e mais deste prazer. Porém, quando a proximidade acontece, seu calor não só aquece, também queima.

Mas a beleza de ser fogo está na chama que quando compartilhada, acende tudo ao seu redor sem perder nada de si. Fogo compartilhado cria novos focos à sua volta, iluminando a escuridão e aquecendo sem perder luz e calor. Fogo é soma sem subtrair.

Mulheres terra

A terra oferece tudo que se possa querer. Muitas vezes oferece mais do que se necessita. Ao fazer desse exercício injusto um hábito, se despoja de si mesma e com o tempo vai se tornando árida e sem vida. 

A terra se dá sem limites, oferece vida mas em contrapartida exige a quebra da liberdade. So pode usufruir de tudo que ela dá aquele que se planta, se fixa e nela aprofunda suas raízes. Liberdade é palavra desconhecida nessa relação. Ela dá vida à semente contanto que cresça e nela permaneça. Faz da semente árvore frondosa, que se alimenta a esmo mas com restrições de movimento.

Mulheres água

A água é fluida, é a essência da existência. Entrega-se como fonte de vida capaz tornar tudo melhor. Lava, nutre, alimenta. Mas enquanto se entrega se esgota simultaneamente, até se perder por completo. É capaz de transformar-se de tal maneira que pode até deixar de ser vista, sentida. Evaporar-se.

Neste transformar-se, por vezes, pode se perder em ínfimas gotículas que se espalham sem a certeza de ser possível se aglutinarem novamente.

Todos os elementos em uma só

Mulheres elementares e de fases. Mulheres que minguam e crescem depois. Que em alguns momentos são ar, noutros terra, água e também fogo. Se enchem, minguam e  depois de novo se renovam. Passam por momentos em que são todos os elementos ao mesmo tempo se tornando ainda mais especiais.

Mulheres que se conhecem, reconhecem e compreendem os seus momentos. Que enxergam além do que se pode ver. Sabem que são de fases e se adaptam a cada mudança sem tentarem se fixar em qualquer uma delas. Mulheres que dançam a dança do fogo, transformam o ar em vento, a água em chuva cristalina e a terra em mãe que a tudo abriga.

Mulheres que reconhecem que muito mais que complexas são completas, pois em si carregam o início e o fim. O alfa e o ômega da própria criação. 

Dão à luz, carregam, cuidam, envelhecem, são cuidadas e fenecem. Como uma bela rosa deixam na memória marcas de seus espinhos em dedos desavisados mas também um perfume delicado, uma  imagem colorida e intensa, calorosa e extensa em todos aqueles que têm o prazer e alegria de poder chamá-las de mãe.

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